20 anos de Banco da Família

 
A preocupação em atender o público feminino é uma característica do microcrédito e, por consequência, do Banco da Família. Há duas décadas fomentando o empreendedorismo em cidades de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a organização é liderada por uma mulher que aceitou o desafio de oferecer alternativa de crédito aos pequenos negócios, formais e informais, de forma simplificada e eficiente. A empresária Isabel Baggio está junto à instituição desde a criação e, atualmente, preside o Conselho de Administração.
 
O Banco da Família é a maior operação de microcrédito do Sul do país. Em menos de 20 anos concedeu cerca de R$ 500 milhões de crédito, impulsionando os negócios de mais de 250 mil empreendedores, em 70 municípios.  A maioria deles de mulheres.
 
Foi a partir das demandas desse público que a organização criou grande parte dos seus produtos, não apenas os destinados ao negócio, mas também à construção ou reforma da casa, saneamento e até formatura ou festa de casamento.
 
“A mãe, a dona da casa, a empreendedora é quem se preocupa com a educação e a saúde da família. É inerente à figura feminina o cuidado com a melhor estrutura da cozinha, em ter um banheiro maior ou uma sala mais confortável”, explica Isabel, lembrando que o público masculino tem o mesmo atendimento personalizado quando precisa do microcrédito.
 
O Banco da Família nasceu como Banco da Mulher e sempre buscou promover a melhoria da qualidade de vida, atuando em microfinanças como agente de transformação social. A instituição sempre foi a grande fomentadora do empreendedorismo feminino. “Muitos dos nossos clientes se descobriram empreendedores por necessidade e viram aí uma grande oportunidade de mudança”, reforça.
 
Mais uma peculiaridade da organização é o fato de o quadro pessoal ser formado na sua maioria por mulheres. De um total de 146 funcionários, 119 são do sexo feminino. As diretorias de Mercado e Administrativa são ocupadas por elas, Elaine Amaral Fernandes e Geórgia Schmidt, respectivamente. A gerência das agências de Curitibanos/SC, Videira/SC e Regional Serra e Altos da Serra/RS também é feita por mulheres.
 
Inspiração numa mulher de sucesso
Existem histórias que são realmente inspiradoras. A da Clenir Moraes Spiecker é uma delas. Por vinte anos, ela o marido e seis filhos moraram de favor, no pequeno município de Campo Erê. Um amigo da família os convidou para ajudar na produção de pimentões em Caçador. Lá ficaram apenas 10 meses porque o negócio não prosperou e tiveram que voltar.
 
Foi quando souberam que um produtor de morango da região de Lages precisava de uma família grande para trabalhar. “Começamos tudo do zero porque não conhecíamos sobre plantação de morango e nada da cidade. Em quatro anos, fizemos economia de oito mil, compramos um carro e resolvemos trabalhar por conta própria plantando morango”, lembra Clenir.
 
Foi nessa época que conheceu o Banco da Família. “Fui lá pedir a ajuda, fiz uma entrevista e financiamos cinco mil reais na época. Aquele dinheiro ajudou muito. Buscamos outros recursos em outros lugares, mas era muito mais caro. O Banco da Família acreditou na gente”. A renda da família melhorou muito. Os filhos estudaram e estão empregados. Clenir chega a empregar 30 pessoas na época da safra do morango.
 
Em 2017, ela foi vencendora do Concurso de Talentos do Programa de Microfinaças da Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da Região Sul do Brasil (Amcred).
 
Catarinas Comunicação
Foto: Jonatan Mota

 

Quem faz o BF – Entrevista com Eliane Braga

RH – Conte como foi sua trajetória no Banco da família até hoje.

Iniciei no ano de 2003, em fevereiro fazendo  a licença de uma funcionária durante seis meses. Em 01 de agosto fui contratada como auxiliar de serviços gerais, foi meu primeiro emprego de carteira assinada e já se passaram 14 anos, prestes a fazer 15. Antes trabalhava com o pessoal da sede administrativa, agentes e atendimento, atualmente trabalho somente na sede. 

RH – O que mais te marcou nestes anos de BF?

No final do ano de 2015 descobri que estava com problemas cardíacos e foi necessário meu afastamento durante um mês, o apoio e carinho que recebi de cada um foi o que mais me marcou e a confiança que o banco passou em um dos momentos mais difíceis que passei. 

RH – Quais as mudanças na instituição que você percebeu ao longo deste tempo?

Várias mudanças aconteceram ao longo desse tempo na parte tecnológica, os conhecimentos, aprendizados e a evolução de cada um de nós. As mudanças que são feitas são sempre pensando nos colaboradores e clientes. 

RH – Por que você está no BF até hoje?

A instituição me beneficiou em diversos aspectos, tanto profissional quanto pessoal, é um ambiente de trabalho onde me sinto bem e gosto de fazer parte, admiro o quanto o Banco preza pelo melhor de cada funcionário.

RH – O que significa a missão do BF para você?

Ajudar a beneficiar todos aqueles que mais precisam certas vezes em pequenos gostos, mas que contribuem muito.

RH – Qual a mensagem que você deixa para os colaboradores que estão iniciando na nossa instituição?

Que sejam bem-vindos e que cada dia possam dar o seu melhor. 

RH – O que o BF contribuiu na sua vida pessoal?

Sou uma pessoa melhor hoje, consegui conquistar minhas coisas, aprendi muito e continuo aprendendo até hoje, ganhei diversos conhecimentos.

RH – Como você administra vida pessoal e profissional?

Procuro estar sempre levando uma vida organizada para que não afete o trabalho.

RH – Quais são seus planos futuros? Profissional e pessoal.

Terminar meus estudos, ter mais conhecimento e ter minha casa própria. 

RH – O que você gostaria de dizer a equipe do Banco da Família? 

O trabalho em equipe é o mais rico, forte e por isso é capaz de alcançar as metas mais difíceis. Tenho imensa gratidão em fazer parte dessa família que cada vez vem crescendo mais. Que o banco da família esteja sempre em progresso, melhorando e se destacando.