ESG: um olhar para além do lucro

Presidente do Banco da Família, Isabel Baggio

Os desequilíbrios climáticos, o avanço da pobreza e da desigualdade social e os escândalos de corrupção que minam a imagem de diferentes organizações ao redor do mundo fizeram acender o sinal de alerta. Sistema econômico hegemônico, o capitalismo e as grandes corporações globais que o representam no imaginário popular precisam providenciar ajustes de rota para conciliar geração de lucros, disputa por mercados e desenvolvimento social com preservação da natureza.

A equação é complexa. Mas muito do que se pode fazer está resumido em uma sigla: ESG, do inglês environmental, social and governance (em português: ambiental, social e governança). O termo surgiu em 2005, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu vinte entidades financeiras de nove países, incluindo o Brasil, para debater o futuro e buscar meios de estimular que o setor privado atue na busca de soluções para problemas sociais.

O resultado imediato do encontro foi o relatório intitulado “Ganha quem se importa”, que traçou os caminhos a serem seguidos por empresas de todos os portes e dos mais variados setores econômicos em todo o mundo. De lá para cá, o ESG ganhou espaço na agenda de executivos e consultores e investidores. Empresas como a catarinense WEG, a Natura Cosméticos e os bancos Itaú, Bradesco e Santander estão entre as grandes corporações que implementaram iniciativas alinhadas à novidade.

As microfinanças têm conexão direta com os propósitos do ESG. Popularizada pelo trabalho do Nobel da Paz Muhammad Yunus, a prática de conceder crédito a pessoas muitas vezes marginalizadas pelo sistema financeiro tradicional tem poder transformador inegável – e no Banco da Família vemos isso desde 1998. Em mais de 23 anos, são inúmeros os casos em que o microcrédito se mostrou ferramenta essencial para a geração de oportunidades e o combate à pobreza.

Durante a pandemia isso ficou ainda mais claro – e a proximidade com aqueles que mais carecem de apoio por certo vai gerar ganhos de imagem fundamentais para o futuro das organizações. E o essencial: é possível, sim, conciliar a atuação social responsável com a solidez financeira. Durante a pandemia da Covid, o Banco da Família conquistou a classificação como a terceira melhor entidade de microfinanças do mundo, conforme análise da MicroRate. Ao mesmo tempo, obteve 4,5 estrelas na avaliação da atuação social, ficando entre os 5% que atingiram essa classificação em todo o mundo. Prova de que ESG e saúde financeira não apenas podem andar lado a lado. Mais que isso, governança, preocupação ambiental e atuação social têm força para impulsionar os negócios.

Isabel Baggio,

Presidente do Banco da Família.

Banco da Família, de SC, comemora terceira posição mundial no ranking do microcrédito

Desempenho Social – Lista Top 2021
Desempenho Social – Lista Top 2021

O Banco da Família é o terceiro melhor colocado no ranking mundial das instituições de microfinanças. A informação é da MicroRate, principal qualificadora de operadoras do setor. A instituição catarinense obteve avaliações A- e 4,5 estrelas entre 204 participantes. O resultado indica a viabilidade institucional no longo prazo e boa capacidade financeira, além de excelência no desempenho social. A MicroRate destacou também como pontos positivos a governança corporativa, gestão, situação financeira e foco na atuação.

“Submeter nossos números à análise de uma qualificadora em um ano de pandemia e constatar que, apesar de todas as dificuldades, conseguimos manter nosso status, representa uma grande vitória”, disse a presidente do Banco da Família, Isabel Baggio. Em 2020, apesar da crise mundial, o Banco da Família cresceu aproximadamente 30%.

Na qualificação social, a instituição melhorou a marca de quatro estrelas obtida em 2017: passou para 4,5 estrelas, ficando entre os 5% que atingiram essa classificação. Segundo a MicroRate, ações que geram impacto social positivo entre os clientes, colaboradores e a sociedade em geral, foram fundamentais para isso.

Uma destas ações é o programa Produtores da Serra, que apoia empreendedores de pequenos negócios da região serrana de Santa Catarina. Por meio dele, queijos, mel, salames, sucos, bolachas, geleias e doces cristalizados produzidos na maior parte das vezes em casa e vendidos informalmente passaram a ser comercializados em redes de supermercados, panificadoras, casa de massas, armazém e até em resort de campo. A iniciativa fortaleceu tanto quem produz quanto a economia local.

Outra ação de destaque que contribuiu para a avaliação da MicroRate é o Programa Despertar – O Seu Futuro é Agora, destinado a ajudar famílias em estado de vulnerabilidade a melhorarem a qualidade de vida. Para alcançar o objetivo, a instituição catarinense utiliza desde março de 2020 o Semáforo da Eliminação da Pobreza, tecnologia de inovação social desenvolvida pela Fundación Paraguaya e trazida de modo pioneiro ao Brasil. Em um questionário sobre renda e emprego, saúde e meio ambiente, habitação e infraestrutura, educação e cultura, organização e participação e saúde mental e motivação, os participantes se autoavaliam com respostas que são destacadas nas cores vermelho, amarelo e verde. A partir daí o Banco da Família faz uma mentoria para auxiliar as pessoas a melhorarem tudo que estiver nos dois primeiros indicadores para chegar no terceiro, considerado como ideal. Cerca de 300 famílias de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul estão utilizando o método com bons resultados.

Uma destas ações é o programa Produtores da Serra, que apoia empreendedores de pequenos negócios da região serrana de Santa Catarina. Por meio dele, queijos, mel, salames, sucos, bolachas, geleias e doces cristalizados produzidos na maior parte das vezes em casa e vendidos informalmente passaram a ser comercializados em redes de supermercados, panificadoras, casa de massas, armazém e até em resort de campo. A iniciativa fortaleceu tanto quem produz quanto a economia local.

O Banco da Família também lidera o ranking da Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da Região Sul do Brasil (AMCRED-Sul), com 12,3 mil operações de crédito somente no primeiro semestre deste ano, num total de R$ 60,3 milhões emprestados. O valor é 67,86% maior que o segundo colocado

O ritmo de expansão também segue forte. Em 2021, o banco ampliou sua presença no Rio Grande do Sul, chegando a Santa Cruz do Sul e Gravataí. Em breve, estará também em Porto Alegre, região metropolitana e noroeste gaúcho. Em Santa Catarina, abriu operações em Concórdia e Rio do Sul e no Paraná prepara a entrada na região dos Campos Gerais.

Banco da Família apresenta índices positivos de saúde financeira e melhora qualificação social

Resultados de avaliação internacional mantêm instituição catarinense com a melhor nota de qualificação em microcrédito no Brasil

Resultado da avalição realizada pela MicroRate

O Banco da Família passou por avaliação da MicroRate, principal qualificadora de operadoras de microfinanças da América Latina, e recebeu avaliações A- e 4,5 estrelas. O primeiro resultado é o mesmo obtido antes da pandemia e indica a manutenção do status de boa viabilidade institucional a longo prazo e boa capacidade financeira. O segundo mostra que a instituição catarinense tem excelente nível de desempenho social.

Esses índices positivos são consequência dos resultados alcançados pelo Banco da Família referentes ao ano de 2020. Única do País que se submeteu à avaliação no primeiro ano da pandemia, a entidade com sede em Lages, ficou dentre as 19% melhores do mundo na qualificação institucional, permanecendo com a melhor qualificação em microcrédito no Brasil entre as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) independentes deste segmento.

De acordo com a MicroRate, os fatores de destaque foram: forte governança corporativa, equipe de gestão de bom desempenho, excelente situação financeira apesar da pandemia, posicionamento meritório e clareza do nicho alvo. “É de grande importância conquistar essa nota em um ano de pandemia, quando muitas empresas e negócios fecharam. Expor nossos números à análise de uma qualificadora é constatar que, apesar de todas as dificuldades conseguimos manter nosso status e isso representa uma grande vitória”, comentou a presidente do Banco da Família, Isabel Baggio.

Na qualificação social, a instituição melhorou a marca de 4 estrelas obtida em 2017 para 4,5 estrelas, ficando entre os 5% que atingiram essa classificação. Segundo a MicroRate, ações que geram impacto social positivo entre os clientes, colaboradores e a sociedade em geral, foram fundamentais para isso.

Isabel destaca que o Banco da Família precisou se adaptar à pandemia. “Instalamos um comitê de crise e passamos a tomar decisões dia e noite, pois nossos clientes foram os primeiros a serem atingidos pela crise. Não seria justo simplesmente interrompermos nossa atuação. E, mesmo diante de um cenário tão desafiador, tivemos um crescimento de cerca de 30% em 2020”, citou.

Liderança

Outro resultado que o Banco da Família está comemorando é a manutenção da liderança no ranking da Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da Região Sul do Brasil (AMCRED-Sul). No primeiro semestre de 2021 foram realizadas 12.328 operações com um total de R$ 60.337.413,49 emprestados. Um valor 67,86% maior em relação ao segundo colocado.

“O Banco da Família é uma instituição que busca a excelência e o crescimento de forma intensa por considerar que, com números significativos, irá proporcionar impacto positivo na vida das pessoas através de nossas linhas de financiamento para microcrédito produtivo (capital de giro e investimento) e para compra ou construção de moradia, melhoras em saneamento, agricultura, e também energia solar”, avaliou a presidente.

Segundo ela, os desafios impostos pela pandemia tiveram reflexo direto no desempenho da instituição, conforme indicam as certificações da MicroRate e da AMCRED-Sul, impactando na continuidade de crescimento na região em 2020. Porém, mesmo diante de um cenário atípico, o Banco da Família seguiu com seu projeto de expansão e ampliou sua presença chegando em Santa Cruz do Sul e Gravataí, no território gaúcho, e em Concórdia e Rio do Sul, em Santa Catarina. Os próximos locais que devem contar com a presença do Banco da Família são outras cidades da Região Metropolitana da Grande Porto Alegre, Noroeste do Rio Grande do Sul e a região dos Campos Gerais, no Paraná.