Apoio a quem enfrenta a pobreza

De cada quatro brasileiros, um é pobre, de acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada em novembro de 2019 pelo IBGE. Isso equivale a 52,5 milhões de pessoas vivendo com menos de R$ 420 per capita por mês (R$ 14 por dia), critério usado pelo Banco Mundial. Sabemos que a falta de acesso a renda é um fator importante para essa avaliação.

Mas, se, além disso, perguntássemos diretamente para as pessoas o que as leva a essa condição? Certamente poderiam ser apontadas situações inimagináveis a um cidadão de classe média ou alta, como a falta de um banheiro ligado à rede de esgoto, falta de alimento para o sustento da família ou ter frequentado instituição de ensino por menos de cinco anos em toda a vida. Em outra situação, uma mulher com menos de 30 anos, por exemplo, pode apontar que não possui carteira de identidade, cuida sozinha de três ou quatro filhos e, ainda, é a única responsável pelo sustento da família, mesmo sem ter trabalho formal. Questões como essas, também determinam se uma pessoa é pobre.

Sem esquecer da importância das políticas públicas para que isso se torne possível, o que o indivíduo pode fazer para empreender a favor do seu próprio desenvolvimento e da sua comunidade? Nesse contexto, nasce o projeto Despertar – O Seu Futuro é Agora, do Banco da Família. Em parceria com a Fundación Paraguaya, irá aplicar a metodologia Semáforo para a Eliminação da Pobreza em toda a sua área de cobertura, para garantir às famílias o protagonismo no esforço de melhoria da sua qualidade de vida.

Essa metodologia é inédita no Brasil, mas foi validada em mais de 20 países e leva em conta 50 indicadores diferentes, a serem apontados pelos participantes para determinarem o seu diagnóstico. Tudo com o auxílio de aplicativo de celular ou pelo computador, que fornece um mapa visual que destaca nas cores vermelho ou amarelo os pontos que merecem atenção. A partir daí, é montado plano de ação para o combate aos problemas considerados mais graves.

Isabel Baggio, durante a apresentação do programa no bairro Guarujá. “O grande diferencial do Semáforo é garantir às famílias o protagonismo no esforço de melhoria da sua qualidade de vida”.

Por ASEMANA

Em parceria com a Associação Empresarial de Palhoça, Banco da Família abre primeira operação na Grande Florianópolis

Início dos trabalhos será celebrado em solenidade no dia 9 de setembro, às 17h, na sede da ACIP.

Moradores da região da Grande Florianópolis vão poder contar com serviços do Banco da Família, negócio social que atua no segmento de microfinanças e atende, principalmente, famílias que estão na base da pirâmide. O início dos trabalhos na região será celebrado no dia 9 de setembro, em uma solenidade na unidade localizada nas dependências da Associação Empresarial de Palhoça. O evento, marcado para 17h, terá a presença de autoridades e convidados, além da presidente e fundadora da instituição, Isabel Baggio.

“Estamos muito entusiasmados com esta parceria que irá ampliar a atuação do Banco da Família e atender clientes numa região com grande potencial”, disse.

O Presidente da ACIP, Ivan Cadore, demonstra otimismo pelo projeto. “Temos localidades aqui no município com carência de oportunidades de pequenos negócios e a chance dada pelo Banco da Família supre uma lacuna através do microcrédito que as instituições financeiras tradicionais não conseguem atender.? O componente social e de acesso à cidadania faz toda a diferença, pelos cases apresentados”.

Considerado pela MicroRate como a melhor instituição de microfinanças da América Latina, O Banco da Família surgiu em Lages, em 1998, e em duas décadas alcançou 110 municípios da Região Sul. Entre os 12 tipos de empréstimos disponibilizados para famílias que não possuem acesso facilitado ao sistema financeiro tradicional, destacam-se as linhas de crédito para empreender, reformar, pagar tratamento de saúde e a destinada para construção de casas de madeira.

Por se tratar de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), o Banco da Família tem como princípio reinvestir os recursos de novos clientes na ampliação da rede. Este ano, a expectativa da instituição é crescer 34% no número de cidades em relação à 2018. A meta para a Grande Florianópolis é alcançar 120 clientes em 12 meses de operação, chegando a R$ 600 mil em financiamentos.

Sobre o Banco da Família

Com mais de 20 anos de atuação, o Banco da Família é considerada a maior operadora de microfinanças do sul do país, com mais de 20 mil clientes ativos, espalhados por 110 municípios dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) é um negócio social e já concedeu mais de R$ 804 milhões em crédito, em cerca de 296 mil operações. Segundo levantamentos da MicroRate, empresa especializada em avaliação de desempenho e risco, o Banco da Família está classificado como a melhor instituição de microfinanças da América Latina e maior geradora de impacto social do Brasil.

Por: AllPress Comunicação

Fonte:  Revista Business

Prefeitura lança o Lages Meu Lar Melhor para 400 famílias

O prefeito Antonio Ceron, o secretário da Assistência Social e Habitação, Samuel Ramos, e a presidente do Banco da Família, Isabel Baggio, assinaram, no dia 28 de maio, o contrato para construção de 400 casas de madeira, pelo projeto “Lages Meu Lar Melhor”. O ato oficial ocorreu no auditório da Fundação Cultural, com as presenças de lideranças políticas, empresários e representantes da comunidade em geral.

O início da execução do projeto se dará dentro de 15 dias, de forma individual, ou seja, as 400 casas, de 35 a 42 metros quadrados de área construída, ocuparão lotes localizados em vários bairros da cidade. São lotes com escritura pública, concessão de uso, doação ou termo expedido por órgão municipal competente garantindo que encontram-se em áreas com previsão de regularização fundiária.

O projeto contempla famílias residentes em áreas de risco ou insalubres, famílias desabrigadas ou comprovadamente necessitadas de casa própria conforme define a Lei número 4261 de 18 de maio de 2018 aprovada na Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Antonio Ceron.

Para este projeto inicial do “Lages Meu Lar Melhor” está sendo financiado pelo Banco da Família R$ 5.247.428,00, sendo que o valor máximo da unidade habitacional financiada é de R$ 13.118,57. O valor da parcela varia no patamar de R$ 200,00 a R$ 400,00. E das 48 parcelas a serem quitadas por família contemplada com este financiamento, oito parcelas serão pagas pela Prefeitura de Lages, num valor equivalente a isenção das taxas que legalmente se cobraria para a efetiva construção de uma casa que estivesse fora deste programa habitacional social.

O prefeito Antonio Ceron relatou que as conversações efetivas sobre política habitacional iniciaram há dois anos, sendo que a Lei que instituiu o programa foi aprovada na Câmara no dia 18 de maio de 2018. “No âmbito do poder público municipal, as coisas demoram para acontecer, pois são muitas as etapas burocráticas a serem superadas. Porém, hoje é com muita alegria e satisfação que podemos assinar este importante contrato, pois são 400 famílias que hoje dependem de favores ou de aluguel que estão sendo atendidas pelo programa Lages Meu Lar Melhor”, falou Ceron.

O vice-prefeito, Juliano Polese destacou que “o início do programa Lages Meu Lar Melhor é um incentivo ao setor madeireiro; fomento ao setor de base florestal”. E o mais importante é que, segundo Polese, é algo que “muda para melhor a vida de muitas pessoas”.

“É uma sementinha que se planta para o desenvolvimento da política habitacional de Lages”, concluiu o secretário Samuel Ramos.

Política Habitacional

A Prefeitura de Lages desenvolve várias frentes de atuações para implementar a política habitacional, no compromisso de diminuir o número de 15 mil cadastros de famílias que buscam a oportunidade de conquistarem a casa própria. Exemplo disso é que em dois anos, 800 famílias já foram contempladas com o programa de regularização fundiária. E a meta da atual administração público-municipal é atingir 4 mil regularizações de terrenos habitacionais até 2020.

Banco da Família

Sediado em Lages, hoje o Banco da Família atua nos três Estados do Sul do Brasil. Conta com 170 colaboradores. “Constituído como uma organização do terceiro setor, surgiu para resolver problemas sociais. Atuando com microfinanças é pioneiro em financiamento de casas de madeira para famílias de baixa renda. Aposta em projetos que tragam dignidade, cidadania e empoderamento para as pessoas de baixa renda”, falou a presidente do banco, Isabel Baggio.

Texto: Iran Rosa de Moraes