Banco da Família lança Programa Despertar para empresas da Serra

Meta é disponibilizar ferramenta de responsabilidade social para todo o Brasil

Lançamento Programa Despertar na Empresa

O Banco da Família apresentou o Programa Despertar para representantes e proprietários de empresas da Serra Catarinense na noite de quinta-feira (27). No evento, realizado na Associação Empresarial de Lages (ACIL), a instituição demonstrou a metodologia aos participantes e a oportunidade de aquisição da ferramenta Semáforo da Eliminação da Pobreza para aplicação entre seus colaboradores.

“O lançamento foi feito em Lages por ser a cidade onde iniciamos nossas atividades em 1998. Mas a intenção é expandir o Programa Despertar na Empresa para todo o Brasil para que um número cada vez maior de pessoas possa transformar positivamente sua realidade social e econômica”, comentou Isabel Baggio, presidente do Banco da Família.

A ferramenta foi criada pela Fundación Paraguaya e é aplicada por 423 organizações em 44 países. “Trouxemos de modo pioneiro para o Brasil em 2019 e atendemos 379 famílias, entre colaboradores, clientes e comunidade em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul”, contou Isabel.

Tecnologia de inovação social, o método funciona por meio de um aplicativo instalado em um tablet com perguntas sobre renda e emprego, saúde e meio ambiente, habitação e infraestrutura, educação e cultura, organização e participação e saúde mental e motivação. “As respostas são destacadas por cores, permitindo que a pessoa autoavalie suas condições e possa tomar ações. A partir daí, uma mentoria é oferecida para que o usuário melhore o que estiver em vermelho e amarelo para chegar ao verde, considerado como ideal”, explicou Geórgia Schmidt, diretora administrativa do Banco da Família.

Soluções eficazes

Segundo a diretora, a aplicação da ferramenta entre os colaboradores, permitiu ao Banco reduzir 50% na rotatividade de funcionários. “O método intensificou a interação com nosso público interno, que passou a se sentir cada vez mais saudável, motivado e produtivo fazendo parte da instituição”, comentou. Para Isabel Baggio, com maior consciência sobre a própria realidade, as pessoas percebem que é possível buscar soluções eficazes de melhoria na qualidade de vida e isso reflete no trabalho.

Outra vantagem para o empregador ao usar o método é ter informações e dados para tomada de decisões estratégicas. “Se constatar que há colaboradores com instabilidade financeira é possível, por exemplo, oferecer aulas de educação financeira para eles”, destacou a presidente. Além da tecnologia, o Banco da Família vai fornecer aos interessados treinamento para o uso da ferramenta e suporte técnico.

ESG: um olhar para além do lucro

Presidente do Banco da Família, Isabel Baggio

Os desequilíbrios climáticos, o avanço da pobreza e da desigualdade social e os escândalos de corrupção que minam a imagem de diferentes organizações ao redor do mundo fizeram acender o sinal de alerta. Sistema econômico hegemônico, o capitalismo e as grandes corporações globais que o representam no imaginário popular precisam providenciar ajustes de rota para conciliar geração de lucros, disputa por mercados e desenvolvimento social com preservação da natureza.

A equação é complexa. Mas muito do que se pode fazer está resumido em uma sigla: ESG, do inglês environmental, social and governance (em português: ambiental, social e governança). O termo surgiu em 2005, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu vinte entidades financeiras de nove países, incluindo o Brasil, para debater o futuro e buscar meios de estimular que o setor privado atue na busca de soluções para problemas sociais.

O resultado imediato do encontro foi o relatório intitulado “Ganha quem se importa”, que traçou os caminhos a serem seguidos por empresas de todos os portes e dos mais variados setores econômicos em todo o mundo. De lá para cá, o ESG ganhou espaço na agenda de executivos e consultores e investidores. Empresas como a catarinense WEG, a Natura Cosméticos e os bancos Itaú, Bradesco e Santander estão entre as grandes corporações que implementaram iniciativas alinhadas à novidade.

As microfinanças têm conexão direta com os propósitos do ESG. Popularizada pelo trabalho do Nobel da Paz Muhammad Yunus, a prática de conceder crédito a pessoas muitas vezes marginalizadas pelo sistema financeiro tradicional tem poder transformador inegável – e no Banco da Família vemos isso desde 1998. Em mais de 23 anos, são inúmeros os casos em que o microcrédito se mostrou ferramenta essencial para a geração de oportunidades e o combate à pobreza.

Durante a pandemia isso ficou ainda mais claro – e a proximidade com aqueles que mais carecem de apoio por certo vai gerar ganhos de imagem fundamentais para o futuro das organizações. E o essencial: é possível, sim, conciliar a atuação social responsável com a solidez financeira. Durante a pandemia da Covid, o Banco da Família conquistou a classificação como a terceira melhor entidade de microfinanças do mundo, conforme análise da MicroRate. Ao mesmo tempo, obteve 4,5 estrelas na avaliação da atuação social, ficando entre os 5% que atingiram essa classificação em todo o mundo. Prova de que ESG e saúde financeira não apenas podem andar lado a lado. Mais que isso, governança, preocupação ambiental e atuação social têm força para impulsionar os negócios.

Isabel Baggio,

Presidente do Banco da Família.