Dia Estadual do Microcrédito e o desafio da retomada econômica

A história do microcrédito em Santa Catarina começa a ganhar notoriedade a partir de 1999, quando o Estado reafirma sua tradição e força no setor através do reconhecimento nacional. O sucesso foi tamanho que, em 27 de outubro de 2009, surgiu a Lei nº 19.931, criando o Dia Estadual do Microcrédito, a ser celebrado sempre em 18 de novembro. E agora em 2022, além das conquistas temos ainda muito trabalho a fazer.

Afinal, mesmo que os últimos anos tenham sido desafiadores para se desenhar um prognóstico sobre a economia a mundial, o microcrédito vem mantendo sua trajetória de sucesso e apoiando quem deseja ter uma qualidade de vida melhor. A crise sanitária sem precedentes que marcou 2020 e 2021 com incertezas e instabilidade teve sua etapa mais crítica superada. Na chegada de 2022 havia uma expectativa de estabilidade, mas a inflação voltou a crescer em diversos países, trazendo junto o risco de desaquecimento econômico. Em todo esse período, no entanto, um elemento permaneceu praticamente imutável no Brasil: o microcrédito ganhou espaço como ferramenta essencial para a promoção do empreendedorismo e a abertura ou manutenção de postos de trabalho.

Com o maior número de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) dedicadas ao microcrédito no País, Santa Catarina vai concluindo o ano com larga participação nos resultados do segmento. E os números são positivos, como mostram dados das 33 instituições filiadas à Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED). No primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a carteira ativa aumentou 13,8%, passando de R$ 570,5 milhões para R$ 649,5 milhões. O total emprestado subiu 4,1%, crescendo de R$ 414 milhões para R$ 431,6 milhões.

O microcrédito ganhou espaço e a tendência é de novas altas daqui para frente. Mas a frieza dos números é insuficiente para mostrar a importância desse fenômeno. Fundamental é ter em mente que por trás das cifras há histórias verdadeiras e efetivas de empreendedorismo, geração de renda, desenvolvimento econômico e social e até superação da pobreza. O microcrédito nasceu com esse propósito e desde sempre teve como característica principal o papel de apoio na melhoria de vida das pessoas que mais precisam de auxílio para ter condições dignas de vida, saúde, moradia e trabalho.

Criado há 24 anos, o Banco da Família é um dos pioneiros no País a trabalhar no segmento e nessas duas décadas e meia já assistiu inúmeras crises, escaladas inflacionárias e variações nos indicadores renda, crescimento ou retração do PIB. Em todo esse tempo, a instituição apostou na parceria com seus clientes e na confiança de que as pessoas precisam de oportunidades e apoio para progredir. A receita deu certo.

Ainda temos muito a fazer e muitas pessoas a apoiar. Apesar das incertezas, é possível afirmar sem medo de errar que as microfinanças são primordiais para a base da pirâmide, sustentando a cadeia produtiva. Algo que possibilita que os empreendedores dos micros e pequenos negócios sejam protagonistas na economia brasileira.

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Experiência do Banco da Família será apresentada em painel mundial sobre diversidade de gênero e liderança feminina.

Basta olhar ao redor para perceber que há no mercado de trabalho desigualdades gritantes entre homens e mulheres, o que pode incluir diferentes salários para cargos os mesmos cargos, obstáculos extras para o crescimento profissional e maior dificuldade para obtenção de financiamentos ou investimentos. Há, por outro lado, quem busque mudar esse quadro. Implementada ao longo de mais de duas décadas, a experiência do Banco da Família vai ser apresentada e reconhecida em um evento global promovido pela European Microfinance Plataform, entidade europeia que atua em projetos de incentivo à inclusão financeira para países em desenvolvimento.
Responsável pela apresentação, a presidente do Banco da Família, Isabel Baggio, reuniu diversos números que mostram, na prática, o reflexo da decisão estratégica de apostar nas mulheres. Hoje a instituição, que atua em 220 municípios dos três estados do Sul do País e já liberou mais de R$ 1,2 bilhão em 400 mil operações de crédito, tem mulheres ocupando 71% dos postos de liderança. Elas ocupam metade dos postos de gerência e 90% dos cargos de supervisão de agências.
Esse quadro foi construído ao longo de mais de duas décadas, desde a fundação do Banco da Família, em Lages, em 1998. “Creio que inspirar outras mulheres é um dos maiores benefícios que colhemos ao enfrentar preconceitos da época e não nos acomodarmos ou nos intimidarmos diante de adversidades”, diz Isabel Baggio. “Mas o maior legado de todos é a oportunidade de levar acesso ao crédito às nossas clientes. São milhares de mulheres que puderam iniciar seu próprio negócio, pagar o estudo dos seus filhos, investir na saúde da família, realizar o sonho da casa própria, conquistar sua independência financeira entre tantos outros sonhos”.
Atualmente a instituição tem pouco mais de 26,7 mil clientes ativos – destes, cerca de 55% são mulheres. Também há predominância feminina entre os participantes do programa Produtores da Serra, iniciativa da Instituição que apoia o trabalho em pequenas propriedades rurais através de consultorias e abertura de canais para e comercialização de itens da agricultura familiar, que assim podem ser vendidos com maior valor agregado. Dos 19 participantes, que já comercializaram mais de 62 mil produtos, dez são mulheres.
A experiência do Banco da Família será apresentada na quinta-feira, dia 17, em painel transmitido via internet. Além de Isabel, quem também vai contar sua história de sucesso no debate Diversidade de Gênero e Liderança na Inclusão Financeira é a diretora executiva do Kenya Women Microfinance Bank (KWFT), Mwangi Githaiga. Criado em 1981 para prestar serviços financeiros para famílias de baixa renda do Quênia, o KWFT tem foco nas mulheres e tornou-se uma das Instituições de Microfinanças de maior sucesso no país, além de ser a 1ª Instituição de Microfinanças na África a assinar a Iniciativa dos Princípios de Empoderamento das Mulheres.
O seminário internacional é organizado pela e-MFP, entidade que reúne mais de 130 consultores, investidores, agências multilaterais e multinacionais, ONGs e pesquisadores de todo o mundo e busca promover o acesso global para serviços financeiros com preços acessíveis, qualidade, sustentabilidade e serviços financeiros inclusivos para desbancarizados.

Programa Despertar

Como forma de fortalecer o cumprimento de sua missão social, o Banco da Família trouxe para o Brasil uma ferramenta criada pela Fundação Paraguaia que se chama SEMÁFORO DE ELIMINAÇÃO DA  POBREZA www.povertystoplight.org/es/.

Antes do Brasil, esta ferramenta já estava ativa em mais de 200 iniciativas públicas e privadas, distribuídas em 20 países. Conceitualmente o programa trata de seis pilares da vida familiar os quais podem possuir níveis de “pobreza” que vão muito além das questões essencialmente financeiras. A metodologia é aplicada através do aplicativo instalado em um Tablet, contando com o apoio de um “mentor”. Este mentor, em visita à família selecionada, aplica um questionário acessível que aponta as cores VERDE, AMARELO e VERMELHO as quais figuram a situação familiar sobre aspectos ligados a:

  1. Renda e Emprego
  2. Saúde e Meio Ambiente
  3. Habitação e Infraestrutura
  4. Educação e Cultura
  5. Organização e Participação
  6. Saúde Mental e Motivação

É um momento único de reflexão, auto avaliação e conscientização. Também é um momento mágico, porque através desta mentoria, a família percebe suas forças e é instigada a impulsioná-la para algum tipo de melhoria. Um momento de DESPERTAR, que serviu de inspiração para o nome do projeto. O acompanhamento da mentoria segue por seis meses, com o objetivo de apoiar esta família a alcançar a melhoria em indicadores VERMELHOS e AMARELOS, evoluindo para resultados VERDES. Após este período, um novo questionário é aplicado, para que se possa medir a evolução familiar e o impacto social do projeto.

Sobre o Banco da Família

Com 24 anos de atuação, o Banco da Família tem cerca de 26.600 mil clientes ativos em 222 municípios dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), já concedeu mais de R$ 1,2 bilhão em crédito em mais de 400 mil operações. Segundo a Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), o Banco da Família é a maior instituição de microfinanças do Sul do país, tendo impactado aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. E também classificado como a primeira melhor instituição do Brasil e a terceira do mundo, segundo a Microrate.

 

 

Saneamento é saúde

Investimentos na área podem diminuir bilhões de reais em gastos públicos com saúde e garantir melhoria da qualidade de vida da população.

Isabel Baggio, Presidente do BF

Em maio deste ano, 59 municípios de Santa Catarina enfrentaram uma epidemia de dengue – e, até julho, 124.615 casos da doença haviam sido notificados no estado. Problemas como a dengue são um exemplo do que a falta de saneamento básico pode causar a uma comunidade, e do quanto isso pode custar caro para os cofres públicos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para cada dólar investido em água e saneamento, são economizados outros 4,3 na saúde.

De acordo com estudos realizados pelo Instituto Trata Brasil, no estado de Santa Catarina a economia na área da saúde pode chegar a mais de R$ 8 bilhões caso haja investimento para a universalização do saneamento básico entre os anos de 2021 a 2040. A estimativa considera que neste período o estado gastaria menos com tratamento de doenças provenientes da falta de acesso aos serviços de água potável e o atendimento regular de esgotamento sanitário.

Os impactos positivos de tais investimentos não se dariam somente na saúde. Educação, mercado de trabalho, setor imobiliário, agronegócio e turismo, por exemplo, também são diretamente impactados. No turismo, a projeção do Instituto Trata Brasil é de que o aumento do faturamento do setor seja de aproximadamente R$ 5 bilhões, já que fatores como a balneabilidade das praias, rios limpos e água tratada em todas as regiões atraem os turistas e movimentam a economia local.

Investir em saneamento básico é aumentar a qualidade de vida da população, inibindo a propagação de uma série de doenças, melhorando a educação, reduzindo os índices de mortalidade infantil e gastos com saúde pública. Não por acaso, a universalização é a mola-mestra do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, sancionado em julho de 2020. Água potável e esgoto tratado para todos são essenciais – mas metas difíceis de atingir. Daí a importância de democratizar o acesso ao crédito para milhares de famílias que ainda estão excluídas dos programas oficiais de saneamento, deixando para trás números como 100 milhões de casas sem coleta de esgoto e 35 milhões de pessoas que não têm acesso a água potável.

Case de Sucesso da cliente Roseli

Nos últimos cinco anos, o Banco da Família já liberou R$ 31 milhões para investimentos em saneamento nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, impactando cerca de 34 mil pessoas. A meta de crescimento do BF Saneamento em 2022 é de 12,76%. Só em Santa Catarina, foram liberados R$ 19,7 milhões. Este é um produto que tem ainda muito potencial de crescimento no portfólio do Banco da Família. Queremos ajudar a melhorar os indicadores do Sul, ampliando o crédito para quem não tem condições de acessar o sistema de crédito tradicional.

Por Isabel Baggio

Click aqui para saber mais sobre o BF Saneamento.

Empresas familiares da região de Lages participam do maior evento de geração de negócios em Santa Catarina

Integrantes do Programa “Produtores da Serra”, promovido pelo Banco da Família, divulgaram seus produtos para todo o Estado

Onze empresas familiares de Lages, Urubici, São José do Cerrito e Correia Pinto participaram da 33ª edição da Exposuper, que é o maior evento de geração de negócios no varejo de Santa Catarina. Todos são integrantes do “Produtores da Serra”, iniciativa promovida pelo Banco da Família. Este ano, a feira foi realizada em Joinville, entre os dias 21 e 23 deste mês.

De acordo com Geórgia W. Michielin Schmidt, diretora administrativa do Banco da Família, foi uma oportunidade para divulgar a qualidade do produto serrano. O objetivo era oportunizar negócios que alavanquem a produção da região, potencializando o desenvolvimento econômico das famílias envolvidas, além de trazer maior visibilidade e reconhecimento ao programa. “Muitos contatos foram estabelecidos para negociação futura e vendas diretas de produtos para outras regiões do Estado”, explicou.  Participaram as empresas Mel São Braz, Doces Serranos, Queijaria Coxilha Rica, Bolachas da Nana e Trufas e Trufas (todas de Lages), Sucos Celestino (Urubici), Keylex, Lingmone, Produtos Coloniais Vó Zeli e Produtos Pátria Livre (Correia Pinto) e Geleias Caru (São José do Cerrito).

A presença na Exposuper foi resultado de um convite feito pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) para o Banco da Família fazer parte do espaço da instituição estatal no evento. “Compartilhamos da mesma percepção, que a soma de forças em prol de um mesmo objetivo tem potencial para agilizar e ampliar resultados”, contou Geórgia. Deste modo, o objetivo do programa “Produtores da Serra” de contribuir para o desenvolvimento da economia local, de forma profissionalizada e sustentável, foi cumprido. “Nós fizemos o convite aos participantes e demos o apoio aos produtores que abraçaram a oportunidade de participar pessoalmente deste grande evento de negócios”, informou a diretora.

A parceria entre EPAGRI e Banco da Família já havia acontecido em novembro de 2021, durante o Projeto Raízes, na primeira edição do Congresso Brasileiro da Gastronomia da Serra Catarinense em Lages. De acordo com Geórgia, como os interesses das duas instituições são convergentes, novas ações conjuntas podem vir a acontecer.

 

Após queda no primeiro ano da pandemia, microcrédito apresenta recuperação em 2021 e deve crescer 20% em 2022

O reaquecimento da economia brasileira após a retração sofrida durante a pandemia impactou positivamente o mercado de microcrédito. De acordo com dados do IBGE, o PIB, que encolheu 3,9% em 2020, cresceu 4,6% em 2021. A expansão do microcrédito foi ainda maior, de 24% segundo levantamento da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED), entidade que reúne 33 Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) que atuam no setor e projeta crescimento de 20% em 2022.

Em 2021, as associadas liberaram R$ 858,4 milhões. O valor havia sido de R$ 691,4 milhões em 2020 e de R$ 768,9 milhões no ano anterior. “O setor de microcrédito amadureceu diante do cenário de dificuldades e superou a crise com crescimento”, diz Pedro Ananias, consultor técnico da ABCRED, que também detectou crescimento de 13% no número de clientes ativos. A quantidade total de operações realizadas, porém, ainda é inferior ao patamar visto antes da pandemia. Em 2021 foram 164 mil operações de crédito e, em 2019, pouco mais de 188 mil. A ABCRED, porém, estima um crescimento de 20% nos valores liberados em 2022.

Eleito em 2021 como o terceiro melhor do mundo no ramo das microfinanças, o catarinense Banco da Família apresenta números que comprovam a tendência. Nos dois primeiros anos da pandemia, a instituição que atua nos três estados do Sul do Brasil, cresceu 26,16%, concedendo R$ 224,2 milhões em crédito em 47.937 operações, impactando 191.748 pessoas. Com sede em Lages, o Banco da Família projeta para 2022 um crescimento de 25%.

De acordo com Isabel Baggio, presidente do Banco da Família, uma das estratégias empregadas para se fortalecer entre 2020 e 2021 foi a realização e o fortalecimento de parcerias com associações comerciais de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Com isso, a instituição ampliou sua presença no Sul e o atendimento à demanda por crédito para micros e pequenos empreendedores. “Nossa preocupação maior era não deixar quem mais precisava de ajuda durante a pandemia. Agora que a situação geral aparenta estar sob controle, a retomada da economia está ocorrendo e a busca por crédito continua em alta. Por isso, temos certeza que há muito a ser feito ainda”, comentou.

ESG: um olhar para além do lucro

Presidente do Banco da Família, Isabel Baggio

Os desequilíbrios climáticos, o avanço da pobreza e da desigualdade social e os escândalos de corrupção que minam a imagem de diferentes organizações ao redor do mundo fizeram acender o sinal de alerta. Sistema econômico hegemônico, o capitalismo e as grandes corporações globais que o representam no imaginário popular precisam providenciar ajustes de rota para conciliar geração de lucros, disputa por mercados e desenvolvimento social com preservação da natureza.

A equação é complexa. Mas muito do que se pode fazer está resumido em uma sigla: ESG, do inglês environmental, social and governance (em português: ambiental, social e governança). O termo surgiu em 2005, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu vinte entidades financeiras de nove países, incluindo o Brasil, para debater o futuro e buscar meios de estimular que o setor privado atue na busca de soluções para problemas sociais.

O resultado imediato do encontro foi o relatório intitulado “Ganha quem se importa”, que traçou os caminhos a serem seguidos por empresas de todos os portes e dos mais variados setores econômicos em todo o mundo. De lá para cá, o ESG ganhou espaço na agenda de executivos e consultores e investidores. Empresas como a catarinense WEG, a Natura Cosméticos e os bancos Itaú, Bradesco e Santander estão entre as grandes corporações que implementaram iniciativas alinhadas à novidade.

As microfinanças têm conexão direta com os propósitos do ESG. Popularizada pelo trabalho do Nobel da Paz Muhammad Yunus, a prática de conceder crédito a pessoas muitas vezes marginalizadas pelo sistema financeiro tradicional tem poder transformador inegável – e no Banco da Família vemos isso desde 1998. Em mais de 23 anos, são inúmeros os casos em que o microcrédito se mostrou ferramenta essencial para a geração de oportunidades e o combate à pobreza.

Durante a pandemia isso ficou ainda mais claro – e a proximidade com aqueles que mais carecem de apoio por certo vai gerar ganhos de imagem fundamentais para o futuro das organizações. E o essencial: é possível, sim, conciliar a atuação social responsável com a solidez financeira. Durante a pandemia da Covid, o Banco da Família conquistou a classificação como a terceira melhor entidade de microfinanças do mundo, conforme análise da MicroRate. Ao mesmo tempo, obteve 4,5 estrelas na avaliação da atuação social, ficando entre os 5% que atingiram essa classificação em todo o mundo. Prova de que ESG e saúde financeira não apenas podem andar lado a lado. Mais que isso, governança, preocupação ambiental e atuação social têm força para impulsionar os negócios.

Isabel Baggio,

Presidente do Banco da Família.

Reunião busca alinhar o Programa Habitacional e Sala do Empreendedor

 

Prefeito de Lagoa Vermelha, Gustavo Bonotto, secretário do Desenvolvimento Econômico, Lucas Mota, Gerente do Banco da Família, Rudimar Dengo e a agente de crédito, Natália Weber.

Na manhã de quarta-feira, dia 3, o prefeito Gustavo Bonotto e o secretário do Desenvolvimento Econômico, Lucas Mota, se reuniram com o gerente do Banco da Família, Rudimar Dengo e a operadora de crédito, Natália Weber, para discutir sobre as linhas de crédito disponíveis, e que possibilitem efetivar o Projeto Habitacional, que ainda está em fase de estudo, e deve ser iniciado no município ainda neste ano.

Através do Projeto Habitacional, a prefeitura visa possibilitar que as pessoas realizem o sonho da casa própria, com baixo custo e a possibilidade de financiamento através do Minha Casa Verde e Amarelo.

Para encontrar formas de viabilizar o projeto, a Administração Municipal está realizando reuniões com as instituições financeiras do município, para analisar sobre as possibilidades de crédito disponíveis no mercado.

O encontro também serviu para discutir sobre a implementação de novas iniciativas da Sala do Empreendedor, com a ampliação dos serviços prestados, visando fortalecer as empresas do município. Para isso, seriam criadas iniciativas que facilitem o acesso ao crédito e intensifiquem a capacitação de empreendedores, como acontece no Plano Empresarial de Planejamento Estratégico – PePe, que desde 2017 busca fomentar o empreendedorismo e incentivar os investimentos da atividade privada, com uma série de etapas e capacitações para quem deseja potencializar a gestão do seu negócio.

Sala do Empreendedor, como funciona?

A Sala do Empreendedor é um local de atendimento das Prefeituras Municipais que facilitam os processos de abertura de empresas, regularização e baixa; bem como serviços exclusivos aos Microempreendedores Individuais (MEI). Na prática, a Prefeitura estará incentivando o surgimento de novos empreendimentos, criando condições para aumentar a competitividade dos pequenos negócios locais, contribuindo para a geração de mais empregos e para uma melhor distribuição de renda no município

Por Prefeitura Lagoa Vermelha

Programa Produtores da Serra, de incentivo a micronegócios da região, é ampliado

Nove empreendedores artesanais de quatro cidades fazem parte da iniciativa

Criado pelo Banco da Família para apoiar empreendedores de pequenos negócios, o programa Produtores da Serra será ampliado a partir do próximo dia 15 de dezembro. Com a abertura de quatro novas gôndolas em estabelecimentos comerciais de Lages, a iniciativa expandirá a venda de queijos, mel, salames, sucos, bolachas, geleias e doces cristalizados produzidos na região. 

O programa surgiu para atender uma demanda dos clientes do Banco da Família. “Queremos fomentar um canal de vendas capaz de fortalecer comercialmente os pequenos produtores e também para desenvolver a economia local”, contou Geórgia Schmidt, diretora-administrativa. Criado o projeto, foi feita uma seleção de interessados, sendo que muitos trabalham em família, dentro das próprias casas. A escolha levou em conta a qualidade, a capacidade produtiva, certificações e o mix de produtos para que fossem feitas parcerias com a iniciativa privada e as vendas pudessem começar.

A primeira gôndola foi inaugurada no último mês de agosto em um supermercado. Logo depois, duas novas abriram em uma segunda rede de supermercados. “Agora teremos também em uma panificadora, em uma casa de massas, um armazém e em um resort de campo”, explicou Geórgia. 

Até o momento, fazem parte do programa nove empreendimentos de quatro municípios serranos: Queijaria Coxilha Rica, Mel São Braz e Doce Serrano (de Lages), Lingmone, Keylex Alimentos e Apiário Lirion (de Correia Pinto), Sucos Celestino e Suco Sítio Aiki (de Urubici) e Quitutes da Estância (de Anita Garibaldi). Para participar é necessário que o produtor seja residente na Serra e tenha o negócio regularizado. Depois é preciso procurar o Banco da Família e fazer um cadastro pelo e-mail projetos@bancodafamilia.org.br ou no whatsapp (49) 98408 1497. 

A Presidente do Banco da Família, Isabel Baggio, explica que o objetivo é valorizar os negócios locais e fortalecer a economia da região, dando aos consumidores um número maior de opções. “Com o programa estamos também consolidando ainda mais nossa missão de gerar renda e desenvolver os micronegócios”, concluiu. 

GALERIA MULTIMÍDIA

Por Jornal O Momento

Banco da Família, o maior do Brasil em microfinanças

Para comemorar os 20 anos de atuação, o Banco da Família (BF) reuniu convidados e parceiros da instituição, na noite de quinta-feira (25), no Clube Serrano, em Lages. O evento, lançou o livro: “Impacto social – lucro para todos” que conta a trajetória do banco.

 No Brasil, os pequenos negócios representam 98,5% das empresas e 70% da geração de renda dos trabalhadores do setor privado. Por isso, é essencial que os empreendedores tenham como buscar renda quando querem impulsionar suas atividades.

O BF atende essa necessidade e vai além, pois a empresa especializada em avaliação de desempenho e risco, a MicroRate, com sede em Washington (EUA), atesta que o banco é a melhor instituição de microfinanças do Brasil e ocupa o quarto lugar no cenário composto por instituições de microfinanças da América Latina e Caribe.  

Os números do banco surpreendem, são 18,5 mil clientes ativos, sendo que 38,29% das operações foram para os empreendedores do microcrédito e 23,29% foram utilizados para reformas. Em duas décadas de existência, o BF já emprestou mais R$ 720 milhões para as pessoas empreenderem, quitarem dívidas, construírem ou reformarem a casa própria ou para outro tipo de ação. Hoje, trabalham na instituição 147 colaboradores, distribuídos em agências de 80 municípios localizadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A presidente do BF, Isabel Baggio, frisa que o mundo das microfinanças no Brasil é bem desassistido, portanto, a instituição tem como uma das metas abranger cada vez mais municípios do Sul do País. “Os 20 anos nos deram muita experiência, temos sido inovadores em muitos produtos no Brasil, como financiamento de casa de madeira, saneamento básico e reforma dos entornos das residências. Sabemos que as pessoas precisam de crédito para várias situações, então estamos cada vez mais preparados para isso. Vamos continuar seguindo nosso DNA, que é inovação, tecnologia e pioneirismo”.

“Vamos continuar seguindo nosso DNA, que é inovação, tecnologia e pioneirismo”. Isabel Baggio, presidente do Banco da Família

Parceiro

O Badesc é uma das fontes de recursos para o BF. O diretor de operações do banco, Olívio Karasek Rocha, avalia o crescimento desses 20 anos como fantástico, pois se tornou referência no Brasil e no exterior. “Nossa parceria vem desde o início, repassamos os recursos para que possam fazer os empréstimos, mas hoje o Banco da Família consegue fundos até fora do Badesc, através do BNDES ou com dinheiro próprio, isso nos causa muito orgulho”.

Integrante do Conselho Fiscal do BF e conhecendo bem a trajetória do banco, pois já foi diretor, Humberto Arantes, avalia como essencial a existência de uma instituição que faça empréstimos para pequenos negócios. “O banco cria um impacto econômico altamente positivo, nessas duas décadas foram atendidos mais de 18 mil clientes, aportando mais de R$ 720 milhões”.

Realização do sonho de ter o negócio próprio

Desde 2012, Noredin Manoel Pereira, 56 anos é cliente do Banco da Família. Ele procurou a instituição com o objetivo de criar o negócio próprio e ter melhores condições de vida. Lembra que na época procurou várias instituições financeiras, mas se assustou com os valores dos juros. Quando chegou no BF, se surpreendeu com os juros baixos e decidiu comprar carrinhos de picolé e algodão doce.

Aos poucos, ele foi quitando e fazendo mais empréstimos. Hoje, consegue sustentar sua família e emprega mais quatro pessoas. Ele tem quatro carrinhos de picolé e uma máquina de algodão doce. “Percorro os bairros de Lages e os outros carrinhos vão para outros municípios. Pretendo fazer outro empréstimo para ampliar meu negócio no ano que vem, pois minha ideia é abrir uma sorveteria”.

Terezinha e Noredin com sua filha Emanuele