Frente Parlamentar de Apoio ao Microcrédito e Microfinanças pretende ampliar concessão de crédito para pequenos empresários

Medidas legislativas podem impulsionar instituições que financiam micro e pequenos negócios, responsáveis pela geração de trabalho e renda no País

O Congresso aprovou o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 23/2022, que estabelece a criação da Frente Parlamentar de Apoio ao Microcrédito e às Microfinanças. O objetivo é apresentar propostas legislativas que criem uma estrutura legal específica para o microcrédito e as microfinanças, com o objetivo de tornar mais fácil o acesso ao crédito e reduzir o custo dessas operações. Além disso, a Frente Parlamentar irá coordenar iniciativas e propostas legislativas para aprimorar os programas oficiais de crédito destinados a microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empreendedores informais.

 

Autor da proposta de criação da Frente, o senador Esperidião Amin destaca a importância de regular o microcrédito no Brasil. “Os microempreendedores e as microempresas, em que pese sua importância econômica, enfrentam limitações estruturais de acesso ao mercado de crédito devido a fatores como a elevada assimetria de informação entre os empreendimentos e as instituições financeiras, escassez de garantias e maior vulnerabilidade”.

Isabel Baggio, presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred) e do Banco da Família, destaca que a regulação do segmento é fundamental para viabilizar que as pessoas tenham acesso ao crédito de forma segura e eficiente. “Muitos empreendedores de micro e pequeno porte estão localizados em comunidades de baixa renda e lutam para ganhar a vida. O microcrédito é uma ferramenta para reduzir a pobreza nessas comunidades, permitindo a geração de renda e a melhoria das condições econômicas locais”.

 

O microcrédito é uma forma de auxiliar os micro e pequenos empreendedores a conseguirem acesso a capital. Desse modo, podem investir em tecnologia, treinamento e outras melhorias que aumentam a produtividade e a eficiência dos seus negócios. Isso pode permitir que eles produzam mais produtos ou serviços, reduzam custos e aumentem suas margens de lucro.

As instituições que dispõe dessa linha de crédito muitas vezes oferecem treinamento e orientação para ajudar os empreendedores a gerenciar seus negócios de forma mais eficaz. Isso pode incluir treinamento em finanças, marketing, gestão de estoque e outras habilidades importantes para o sucesso dos negócios.

 

Frente Parlamentar de Apoio ao Microcrédito e Microfinanças

 

A frente será composta inicialmente por senadores e deputados federais que assinarem a ata de sua instalação, e será regida por regulamento interno ou, na sua falta, por decisão da maioria absoluta de seus integrantes, respeitando as disposições legais e regimentais em vigor. A criação da frente já havia sido aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado em novembro de 2022, quando estava sob a relatoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

Mulheres são líderes no uso de microcrédito no Brasil

Além de representar mais de 55% dos clientes do segmento, elas são responsáveis por chefiar cerca de 45% dos lares no País

 

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), no ano passado 55,18% dos clientes de microcrédito eram mulheres. Muitas delas enfrentam dificuldades para conseguir crédito em bancos tradicionais, o que dificulta a realização de projetos empreendedores. Assim, encontraram no microcrédito uma alternativa viável para acessar recursos financeiros com menos burocracia.

 

Essa linha de crédito possibilita, por exemplo, que mulheres de baixa renda invistam em pequenos negócios, como vendas de produtos ou prestação de serviços, que muitas vezes são a principal fonte de renda do lar. Essa realidade faz parte da vida de cerca de 45% das famílias brasileiras que são chefiadas por mulheres, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Diante disso, algumas instituições trabalham para facilitar o acesso ao microcrédito para mulheres chefes de família. É o caso do Banco da Família, que oferece linhas de crédito especiais para mulheres empreendedoras, além de programas de treinamento e capacitação para ajudá-las a desenvolver seus negócios. Nos três estados do Sul, onde mantém suas operações, mais de 53% dos 25,9 mil clientes são mulheres.

 

Nesse sentido, as mulheres são prioridade em todas as áreas da empresa. Isso se reflete no número de mulheres que ocupam cargos de liderança na organização, bem como na forma como as mulheres são atendidas como clientes. O Banco da Família tem um quadro de 150 colaboradores, dos quais 84% são mulheres. Em relação aos cargos de liderança, o Banco possui uma diretoria 100% feminina, com metade dos postos de gerência ocupados por mulheres e outros 70% como líderes. Nos cargos de supervisão elas representam 87% nas agências e 57% na sede.

 

Isabel Baggio, presidente do Banco da Família, explica que desde sua fundação a instituição apoia o desenvolvimento feminino, encorajando mulheres a se fortalecerem e buscarem posições de destaque na sociedade. Para isso, a instituição vê de forma positiva a diversidade de gênero e a liderança feminina. Segundo Isabel há características significativas no perfil feminino que contribuem para a aplicação da metodologia de trabalho, que é personalizada. “Habilidades comportamentais, como empatia, sensibilidade, criatividade, visão sistêmica e atenção aos detalhes, são essenciais em nosso processo de análise e liberação de crédito. Além disso, as mulheres têm mais habilidades para ensinar e desenvolver seus liderados, foco nos resultados e visão estratégica”, finaliza a presidente

Microcrédito para saneamento cresce 16,5% no Sul do Brasil.

Dados do Banco da Família, instituição de microfinanças que atua nos três estados do Sul, mostram que há aumento na demanda por recursos para investimento em construção de banheiros ou fossas sépticas e implantação de infraestrutura para abastecimento de água em residências da região. A instituição liberou R$ 9,71 milhões para 2120 famílias investirem em saneamento básico em 2022. O valor é 16,5% maior do que o registrado em 2021. “Esse recurso é fundamental para dar às famílias mais dignidade e conforto e para garantir que as pessoas não fiquem expostas a doenças provocadas pela falta de saneamento adequado”, diz a presidente da instituição, Isabel Baggio.

No dia 21 de janeiro promovemos o evento, Saneamento Summit, que reuniu mais de 160 colaboradores dos três estados do Sul para discutir meios de ampliar a atuação do Banco da Família no saneamento. O encontro foi realizado em parceria com a ONG internacional Water.org. Desde 2016 o BF Saneamento, linha específica oferecida pela instituição, liberou R$ 37,4 milhões, atendeu 9.867 famílias e beneficiou mais de 39.468 pessoas.

Investimentos em saneamento são ainda mais importantes diante da situação registrada no sul do País. Levantamento Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), mostra que o índice de cobertura por serviços de coleta e tratamento de esgoto na região é de 48,43%. O percentual, bastante inferior à média nacional, de 61%, deixa os moradores da região expostos a problemas de saúde e compromete a qualidade do meio ambiente.

Os números, listados no Diagnóstico Temático da Gestão Técnica de Esgoto, revelam também o déficit no abastecimento de água potável na região. Mesmo com dados mais positivos do que o esgotamento sanitário, as redes de abastecimento de água ainda não atendem toda a população: a cobertura média chega a 91,4%, considerando o meio rural e urbano.

Saneamento Summit

Em sua segunda edição, o evento contou com palestras e treinamentos para sensibilizar e informar seus colaboradores sobre a importância da liberação da linha de crédito para saneamento básico. O foco é a melhoria da qualidade de vida das pessoas e no desenvolvimento da comunidade.

Arthur Bender, criador do conceito de Personal Branding no Brasil, e o Superintendente de Microfinança Urbana e Microempresas do Banco do Nordeste do Brasil S/A, Fabrizzio Leite Feitosa, foram os palestrantes do evento realizado na cidade de Lages, em Santa Catarina.

Banco da Família recebe certificação de responsabilidade social da Alesc.

 

 

Transparência, práticas socioambientais e ações para uma sociedade mais justa são reconhecidas pelo Parlamento.

O Banco da Família recebeu o Certificado de Responsabilidade Social 2022 da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. A entrega aconteceu durante a 12ª edição do Prêmio Responsabilidade Social, realizada na noite da última terça-feira, em Florianópolis. No evento, o Parlamento catarinense reconheceu 61 empresas públicas e privadas e entidades sem fins lucrativos que atuaram durante o ano comprometidas com a formação de uma sociedade mais justa, de modo transparente e com práticas socioambientais corretas.

Para Sueli Feldhaus, conselheira do Banco da Família que recebeu o certificado, o reconhecimento da Alesc confirma a importância das ações que a instituição realiza desde seu início, em 1998. “Sempre procuramos trabalhar de modo diretamente focado à responsabilidade social e alinhados com os pilares ESG tanto na liberação de crédito para quem é nosso cliente, com investimentos voltados ao saneamento básico, ao uso de energia fotovoltaica e à construção de moradias, quanto nos programas sociais que oferecemos para a educação financeira e estímulo à pequenos produtores rurais e empreendedores”, explicou.

Sobre o Banco da Família

Fundado em Lages há 24 anos, o Banco da Família tem cerca de 26.600 mil clientes ativos em 222 municípios de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), já concedeu mais de R$ 1,2 bilhão em crédito em mais de 400 mil operações. Segundo a Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), o Banco da Família é a maior instituição de microfinanças do Sul do país, tendo impactado aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, sendo classificado como um dos melhores do Brasil e terceiro do mundo no setor, segundo a Microrate.

Leoas da Serra alertam crianças sobre a importância do saneamento básico.

Atletas participam de bate-papo com alunos da Escola Municipal Mutirão será nesta segunda-feira

As atletas do Leoas da Serra, time de futsal que representa Lages e é dos mais vitoriosos do País, vão aproveitar a popularidade entre a garotada para fazer o bem. Na segunda-feira, dia 28, as craques visitam a Escola Municipal de Educação Básica Mutirão, no bairro Habitação, e participam de ação promovida pelo Banco da Família para conscientizar meninos e meninas sobre a importância do saneamento básico.

“As atletas são admiradas e vistas como exemplo. Elas têm a oportunidade de usar o prestígio de maneira positiva – e vão fazer isso ao mostrar para a criançada como saneamento e saúde andam lado a lado”, diz a presidente do Banco da Família, Isabel Baggio. A partir das 18h, as Leoas vão conversar com 46 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade que jogam futsal na escola.

A presença das campeãs deve tornar o papo mais descontraído e chamar atenção para um tema essencial. Estudo do Trata Brasil mostra que apenas 24% dos moradores do estado tinham acesso ao tratamento de esgoto em 2019. Naquele ano, o estado registrou 7413 internações hospitalares e 93 mortes causadas por doenças de veiculação hídrica.

“Sempre fazemos atividades como essas nos bairros e associações comunitárias, com os adultos. Mas agora vamos conversar com o público infantojuvenil, que tem forte poder de persuasão nas suas famílias”, explica o supervisor de Responsabilidade Social do Banco da Família, Marcelo Henrique da Silva de Souza.

Sobre o Banco da Família

Fundado em Lages há 24 anos, o Banco da Família tem cerca de 26.600 mil clientes ativos em 222 municípios de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), já concedeu mais de R$ 1,2 bilhão em crédito em mais de 400 mil operações. Segundo a Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), o Banco da Família é a maior instituição de microfinanças do Sul do país, tendo impactado aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, sendo classificado como o melhor do Brasil e terceiro do mundo no setor, segundo a Microrate.

Orgulho de ter o DNA lageano

Quem poderia imaginar que o pacato assentamento fundado pelo bandeirante português Correia Pinto no século XVIII se transformaria em uma das principais cidades catarinenses? O ponto de parada para as tropas que iam de São Paulo ao Rio Grande do Sul cresceu, se desenvolveu e passou a ser o principal município da Serra. Hoje é dia de comemoração para todos os lageanos pelos 256 anos da nossa cidade. Para nós, do Banco da Família, é a oportunidade de agradecer tudo que esta terra nos concedeu desde 1998, quando começamos nossa trajetória.

Em uma reunião da Câmara da Mulher Empresária da Associação Empresarial de Lages (ACIL) surgiu a ideia de dar à cidade uma instituição cuja missão seria, de modo simples e eficiente, uma opção de crédito para empreendedores formais e informais. Era nítido na época que o município precisava de fomento para os pequenos negócios e, consequentemente, possibilitar mais oportunidades de trabalho e renda para a população. Tínhamos ao nosso redor muitos desafios para fazer Lages crescer ainda mais e contribuir para que a sua população de menor renda tivesse acesso a crédito de forma facilitada, sem a necessidade abertura de conta e pagamento de tarifas, como no sistema bancário convencional. Ou seja, este movimento vem impactado positivamente toda comunidade e refletindo desde a nossa origem na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Com o passar dos anos, a cidade foi incrementando outras atividades econômicas além extração de madeira e da agropecuária. Nós seguimos o seu exemplo e também evoluímos. O nome Banco da Mulher foi alterado para abraçar um conceito maior: a família. Logo cruzamos os limites do município e, em uma primeira etapa, focamos na Serra. Depois chegamos a outras áreas de Santa Catarina e expandimos nossas ações para os vizinhos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.

Hoje, temos orgulho de fomentar o desenvolvimento de 222 municípios. Já liberamos mais de R$ 1,2 bilhão em 400 mil operações de crédito. Somos, com orgulho, a maior instituição de microcrédito e microfinanças do Sul do Brasil. Mas temos certeza absoluta de que este sucesso foi edificado por causa da força que trazemos das nossas origens, pelo nosso DNA lageano e pelo permanente apoio e credibilidade da nossa gente. Hoje é dia de dizer Feliz Aniversário, Lages. Muito obrigado por aceitar o Banco da Família como um dos seus representantes.

 

Isabel Baggio – Presidente do Banco da Família

 

#Lages #SerraCatarinse #256anosdehistória

Dia Estadual do Microcrédito e o desafio da retomada econômica

A história do microcrédito em Santa Catarina começa a ganhar notoriedade a partir de 1999, quando o Estado reafirma sua tradição e força no setor através do reconhecimento nacional. O sucesso foi tamanho que, em 27 de outubro de 2009, surgiu a Lei nº 19.931, criando o Dia Estadual do Microcrédito, a ser celebrado sempre em 18 de novembro. E agora em 2022, além das conquistas temos ainda muito trabalho a fazer.

Afinal, mesmo que os últimos anos tenham sido desafiadores para se desenhar um prognóstico sobre a economia a mundial, o microcrédito vem mantendo sua trajetória de sucesso e apoiando quem deseja ter uma qualidade de vida melhor. A crise sanitária sem precedentes que marcou 2020 e 2021 com incertezas e instabilidade teve sua etapa mais crítica superada. Na chegada de 2022 havia uma expectativa de estabilidade, mas a inflação voltou a crescer em diversos países, trazendo junto o risco de desaquecimento econômico. Em todo esse período, no entanto, um elemento permaneceu praticamente imutável no Brasil: o microcrédito ganhou espaço como ferramenta essencial para a promoção do empreendedorismo e a abertura ou manutenção de postos de trabalho.

Com o maior número de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) dedicadas ao microcrédito no País, Santa Catarina vai concluindo o ano com larga participação nos resultados do segmento. E os números são positivos, como mostram dados das 33 instituições filiadas à Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED). No primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a carteira ativa aumentou 13,8%, passando de R$ 570,5 milhões para R$ 649,5 milhões. O total emprestado subiu 4,1%, crescendo de R$ 414 milhões para R$ 431,6 milhões.

O microcrédito ganhou espaço e a tendência é de novas altas daqui para frente. Mas a frieza dos números é insuficiente para mostrar a importância desse fenômeno. Fundamental é ter em mente que por trás das cifras há histórias verdadeiras e efetivas de empreendedorismo, geração de renda, desenvolvimento econômico e social e até superação da pobreza. O microcrédito nasceu com esse propósito e desde sempre teve como característica principal o papel de apoio na melhoria de vida das pessoas que mais precisam de auxílio para ter condições dignas de vida, saúde, moradia e trabalho.

Criado há 24 anos, o Banco da Família é um dos pioneiros no País a trabalhar no segmento e nessas duas décadas e meia já assistiu inúmeras crises, escaladas inflacionárias e variações nos indicadores renda, crescimento ou retração do PIB. Em todo esse tempo, a instituição apostou na parceria com seus clientes e na confiança de que as pessoas precisam de oportunidades e apoio para progredir. A receita deu certo.

Ainda temos muito a fazer e muitas pessoas a apoiar. Apesar das incertezas, é possível afirmar sem medo de errar que as microfinanças são primordiais para a base da pirâmide, sustentando a cadeia produtiva. Algo que possibilita que os empreendedores dos micros e pequenos negócios sejam protagonistas na economia brasileira.

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Experiência do Banco da Família será apresentada em painel mundial sobre diversidade de gênero e liderança feminina.

Basta olhar ao redor para perceber que há no mercado de trabalho desigualdades gritantes entre homens e mulheres, o que pode incluir diferentes salários para cargos os mesmos cargos, obstáculos extras para o crescimento profissional e maior dificuldade para obtenção de financiamentos ou investimentos. Há, por outro lado, quem busque mudar esse quadro. Implementada ao longo de mais de duas décadas, a experiência do Banco da Família vai ser apresentada e reconhecida em um evento global promovido pela European Microfinance Plataform, entidade europeia que atua em projetos de incentivo à inclusão financeira para países em desenvolvimento.
Responsável pela apresentação, a presidente do Banco da Família, Isabel Baggio, reuniu diversos números que mostram, na prática, o reflexo da decisão estratégica de apostar nas mulheres. Hoje a instituição, que atua em 220 municípios dos três estados do Sul do País e já liberou mais de R$ 1,2 bilhão em 400 mil operações de crédito, tem mulheres ocupando 71% dos postos de liderança. Elas ocupam metade dos postos de gerência e 90% dos cargos de supervisão de agências.
Esse quadro foi construído ao longo de mais de duas décadas, desde a fundação do Banco da Família, em Lages, em 1998. “Creio que inspirar outras mulheres é um dos maiores benefícios que colhemos ao enfrentar preconceitos da época e não nos acomodarmos ou nos intimidarmos diante de adversidades”, diz Isabel Baggio. “Mas o maior legado de todos é a oportunidade de levar acesso ao crédito às nossas clientes. São milhares de mulheres que puderam iniciar seu próprio negócio, pagar o estudo dos seus filhos, investir na saúde da família, realizar o sonho da casa própria, conquistar sua independência financeira entre tantos outros sonhos”.
Atualmente a instituição tem pouco mais de 26,7 mil clientes ativos – destes, cerca de 55% são mulheres. Também há predominância feminina entre os participantes do programa Produtores da Serra, iniciativa da Instituição que apoia o trabalho em pequenas propriedades rurais através de consultorias e abertura de canais para e comercialização de itens da agricultura familiar, que assim podem ser vendidos com maior valor agregado. Dos 19 participantes, que já comercializaram mais de 62 mil produtos, dez são mulheres.
A experiência do Banco da Família será apresentada na quinta-feira, dia 17, em painel transmitido via internet. Além de Isabel, quem também vai contar sua história de sucesso no debate Diversidade de Gênero e Liderança na Inclusão Financeira é a diretora executiva do Kenya Women Microfinance Bank (KWFT), Mwangi Githaiga. Criado em 1981 para prestar serviços financeiros para famílias de baixa renda do Quênia, o KWFT tem foco nas mulheres e tornou-se uma das Instituições de Microfinanças de maior sucesso no país, além de ser a 1ª Instituição de Microfinanças na África a assinar a Iniciativa dos Princípios de Empoderamento das Mulheres.
O seminário internacional é organizado pela e-MFP, entidade que reúne mais de 130 consultores, investidores, agências multilaterais e multinacionais, ONGs e pesquisadores de todo o mundo e busca promover o acesso global para serviços financeiros com preços acessíveis, qualidade, sustentabilidade e serviços financeiros inclusivos para desbancarizados.